Novembro azul: cuidando da saúde mental

Seguindo o esforço para promover a conscientização sobre o câncer de mama no Outubro Rosa, o foco agora se volta para outra doença muito séria que, se diagnosticada em um estágio inicial, pode muitas vezes ser curada com sucesso: o câncer de próstata no homem. 

Com esse objetivo, nós do Instituto Bazzi voltamos a aderir à campanha do ‘Novembro Azul’, que visa estimular a população masculina a fazer exames preventivos e mudar o estigma associado à consulta com qualquer especialista da área da saúde, bem como, à realização do exame de toque. Para isso, diversas atividades estão programadas em todo o país.

Novembro Azul no Brasil

Timidamente, trabalhadores de empresas são convidados para um diálogo especial de saúde e segurança sobre o tema, seguido de uma sessão de alongamento e exercícios. Em casos mais gritantes, há programações que contam com apresentação de fantoches com o tema “toque-se!”

Acontece que, no Brasil, o câncer de próstata é a segunda forma mais comum da doença entre os homens – sendo mais prevalente o câncer de pele. Em termos absolutos, é a sexta forma mais comum da doença em todo o mundo e a mais prevalente no sexo masculino, representando 10% de todos os cânceres. 

Assim, a partir dos 40 anos, os homens devem se submeter a exames regulares de próstata. Com isso, as chances de detectar essa forma de câncer e curá-lo com sucesso são de 90%. 

Desta forma, o movimento Novembro Azul, que foi lançado na Austrália, em 2003, como um desdobramento do Dia Mundial de Conscientização do Câncer de Próstata, nasceu em 17 de novembro, com o mote de Movember (um diminutivo inglês para bigode, “mo”), com o fim de aumentar a conscientização sobre os problemas de saúde dos homens, incluindo o câncer de próstata, câncer testicular e suicídio de homens. 

Importância do Novembro Azul para toda a sociedade

Ao encorajar os homens a se envolverem, a campanha visa aumentar a detecção precoce, o diagnóstico e os tratamentos eficazes e, em última análise, reduzir o número de mortes evitáveis. 

Como vimos no Outubro Rosa, além da incidência do câncer, o tema da saúde mental masculina como na prevenção de suicídio, por exemplo, também devem ser focados. 

Desta forma, podemos analisar ao propósito de:

  • Aumentar a conscientização do público sobre a importância da saúde masculina, tanto a nível físico, emocional e mental
  • Educar sobre fatores de risco e sintomas de saúde 

O que é “saúde do homem”?

A saúde do homem se refere a um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade. Portanto, as diferenças na saúde dos homens em comparação com as das mulheres podem ser atribuídas a fatores biológicos, comportamentais (os homens são mais propensos a fazer escolhas prejudiciais e menos propensos a procurar atendimento médico) e fatores sociais. 

No entanto, algumas doenças que afetam ambos os sexos são estatisticamente mais comuns em homens. Por exemplo, apesar dos aumentos gerais na expectativa de vida em todo o mundo, a expectativa de vida dos homens é menor do que a das mulheres, independentemente da raça e região geográfica. 

Isso porque, os homens geralmente são menos propensos a serem proativos na busca de cuidados de saúde, resultando em piores resultados. Além disso, em termos de fatores comportamentais, os homens apresentam níveis mais elevados de consumo de álcool, substâncias e tabaco em comparação às mulheres, resultando em maiores taxas de doenças como câncer de pulmão , doenças cardiovasculares e cirrose hepática. 

Portanto, esse comportamento sedentário, associado a muitas doenças crônicas, parece ser mais prevalente em homens. Com isso, segundo a OMS, os homens têm maior probabilidade do que as mulheres de se envolverem em mais de 30 comportamentos de risco associados ao aumento da morbidade, lesões e mortalidade.

Além disso, apesar de uma taxa desproporcionalmente menor de tentativas de suicídio do que as mulheres, os homens apresentam taxas significativamente maiores de morte por suicídio. 

Claro, historicamente, os homens apresentavam maior estresse relacionado ao trabalho, o que impactou negativamente sua expectativa de vida. 

Embora a maioria dos sintomas de estresse seja semelhante em homens e mulheres, o estresse pode ser experimentado de forma diferente pelos homens. De acordo com a American Psychological Association, os homens não são tão propensos a relatar sintomas emocionais e físicos de estresse em comparação com as mulheres. 

Assim, eles são mais propensos a se retrair socialmente quando estressados ​​e não procuram tratamento para controlar o estresse. 

>>> Níveis mais altos de estresse estão associados a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão, sofrimento psicológico e fadiga. 

Essa relutância em procurar ajuda é decorrente de noções internalizadas de masculinidade e machismo. Assim, os estereótipos masculinos tradicionais colocam expectativas de força e de valor estóico. Por outro lado, qualquer indicação de vulnerabilidade, como consultar serviços de saúde mental, é percebida como fraca e “emasculada”. Como resultado, a depressão é subdiagnosticada em homens e muitas vezes pode permanecer sem tratamento, o que pode levar ao suicídio.

Os sinais de alerta 

Identificar os sinais de alerta é importante para reduzir as taxas de mortalidades em todo o mundo. Principalmente para os homens, onde o sofrimento pode ser expresso de uma forma que não é facilmente reconhecível.

Por exemplo, depressão e pensamentos suicidas podem se manifestar na forma de raiva, hostilidade e irritabilidade. 

Enquanto que no Outubro Rosa, as mulheres são incentivadas a realizar exames e cuidar de si, isso não é encontrado, por exemplo, no Novembro Azul. O resultado é o estímulo da negligência com a própria saúde.

O medo de “perder a masculinidade” afeta na hora de consultar o médico.

Com isso, a campanha visa romper os tabus relacionados à saúde masculina como um todo. 

Você acredita que a prevenção é o melhor caminho? Se você homem, ou você mulher, tem um parceiro, amigo, familiar que tende a relutar sobre sua própria saúde, comece a interagir e promover essa consciência. 

E então? Agora que você sabe porque o Novembro Azul é tão importante, informe esse conteúdo para outras pessoas que estejam querendo o caminho da prevenção!

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