Neurofeedback é um tratamento não invasivo que ensina aos indivíduos o autocontrole das funções cerebrais, medindo as ondas cerebrais que fornecem um sinal de feedback.
A modalidade alternativa, aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos e baseada na ciência, é aceita em países da Europa, América Latina e outros lugares, mas não é tão conhecida ainda no Brasil e pouco se ouve falar sobre essa técnica.
Ambos enfatizaram o fator multidisciplinar de sua utilização, ressaltando que se trata de uma prática que não se limita a ser utilizada apenas por especialistas em saúde mental.
A prática pela qual as pessoas aprendem a identificar e modificar os sinais do seu corpo com o objetivo de gerenciá-los e melhorar sua saúde, conhecida como biofeedback, foi o que deu lugar ao neurofeedback.
Se estou ansioso, o corpo me dá alertas: o coração acelera, as mãos ficam frias e suadas, a respiração fica alterada… Assim, o biofeedback funciona para gerenciar esses sinais e aprender a lidar com eles para poder para regulá-los.
Essas modalidades alternativas nascem de estudos realizados sobre as ondas cerebrais que, segundo a especialista em saúde mental, são realizados desde 1800. Por meio dessas investigações, ela destacou que foi identificado que as diferentes ondas estão relacionadas a diferentes sintomas, o que é evidenciado através da prática do neurofeedback.
O neurofeedback é utilizado há mais de 20 anos e a diferença entre as duas práticas é
que vai diretamente para o cérebro.
O que é terapia de neurofeedback ?
Não lidamos com diagnósticos, mas com sintomas.
Por sua vez, possuímos instrumentos que emitem as respostas biológicas do corpo como quando muda a temperatura ou a pressão e utilizam esta tecnologia para que as pessoas entendam a ligação entre estes estímulos e o cérebro, de forma a controlá-los.
A primeira coisa que fazemos é um eletroencefalograma, colocando sensores em seis áreas diferentes da cabeça e conseguindo identificar os diferentes padrões, que estão associados aos sintomas e problemas que o paciente apresenta.
Na primeira sessão analisamos os resultados, fazemos uma entrevista clínica biopsicossocial completa, preenchem alguns formulários e passam a sentar-se com o paciente para discutir a sua impressão e comentar as suas recomendações.
Quando o paciente identifica que o que ele percebe por meio da terapia é o que ele vivencia no dia a dia, ele começa a conversar sobre como será tratado de forma não invasiva.
Da mesma forma, fazem estatísticas de cada sessão para saber se a pessoa está respondendo ou não ao tratamento e para acompanhar o progresso.
Aqui começa um processo de treinar o cérebro para regular esses padrões desregulados usando estímulos agradáveis, como sons da natureza, música e imagens. O paciente pode pensar que não está fazendo nada, mas o cérebro está treinando.
Após as primeiras 5 sessões o paciente pode avaliar o progresso do tratamento, mas esclareceram que não é possível estabelecer um período de tempo, pois depende de cada paciente.
A pessoa precisa estar estável para participar do tratamento e, se a pessoa estiver passando por uma crise psicótica ou um desequilíbrio agudo, não poderá realizar o tratamento.
Benefícios da prática
Muitas vezes são pacientes que fazem terapia ou medicamentos há muitos anos, já atingiram um patamar ou o máximo que poderiam melhorar com essa modalidade.
O neurofeedback oferece a alternativa para obter outras melhorias e pode ajudar a reduzir o uso de medicamentos.
Ansiedade, problemas de sono ou de memória, depressão, distúrbios de déficit de atenção e hiperatividade, concentração, foram alguns dos sintomas ou distorções tipificados pelos especialistas como aqueles em que mais utilizam o neurofeedback.
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