Como a inteligência artificial afeta a psicologia humana?

A inteligência artificial (IA), aquela que permite que as máquinas executem funções avançadas e semelhantes às humanas, promete avanços em toda a sociedade – em saúde, transporte, educação, finanças e muito mais.

Bom, na melhor das hipóteses, as ferramentas de IA executam tarefas em uma velocidade, escala ou grau de precisão muito maior do que os humanos, liberando tempo e recursos para resolvermos problemas que as máquinas não podem.

Por exemplo, os chatbots podem fornecer suporte 24 horas por dia; rastreadores podem vasculhar sites e bancos de dados em busca de informações; os carros autônomos têm o potencial de tornar os deslocamentos mais seguros e eficientes.

Até aí, tudo bem…

Mas a tecnologia tem seus perigos.

Os algoritmos são criados por pessoas que têm seus próprios valores, moral, suposições e preconceitos explícitos e implícitos sobre o mundo, e esses preconceitos podem influenciar a maneira como os modelos de IA funcionam.

Devido a essas preocupações contínuas sobre equidade, privacidade e confiança, há um crescente reconhecimento entre pesquisadores do setor de que a inovação responsável requer uma compreensão sofisticada do comportamento humano.

À medida que desenvolvemos essas tecnologias emergentes, temos que nos perguntar: como as sociedades irão interagir com elas?

Esse é o grande desafio agora.

Um complemento, não uma alternativa

Considerações éticas e comportamentais são igualmente importantes no espaço de saúde mental, onde as ferramentas de IA atendem a duas funções principais.

Alguns algoritmos operam nos bastidores para prever riscos à saúde ou recomendar planos de tratamento personalizados e outros interagem diretamente com os pacientes na forma de chatbots terapêuticos.

Nos bastidores, a tecnologia de IA alimenta centenas de programas terapêuticos, como a plataforma de terapia online Talkspace, que desenvolveu um sistema de alerta de suicídio que usa processamento de linguagem natural para analisar a comunicação escrita entre pacientes e seus terapeutas e está testando intervenções de IA para transtorno de estresse pós-traumático.

Mas a maioria dos terapeutas e psicólogos veem as tecnologias de IA como um complemento, e não uma alternativa, ao tratamento tradicional.

Na verdade, é impossível substituir os terapeutas – não há substituto para a conexão humana, apesar que se pode repensar algumas das ferramentas que tradicionalmente têm sido o domínio exclusivo e projetá-las para que sejam mais acessíveis.

Mas a saúde mental digital ainda é um “oeste selvagem” nos estágios iniciais de pesquisa, aplicação e questões éticas. Porém, algumas pessoas ainda podem considerar essas ferramentas um substituto para a terapia, o que é perigoso.

A próxima fronteira

À medida que tecnologias de IA cada vez mais sofisticadas – incluindo armas autônomas e software de detecção de emoções – continuam a surgir, os terapeutas têm um papel importante a desempenhar ao lançá-las de maneira eficaz e responsável.

A saída mais fácil nem sempre é a melhor, não é a maneira de reduzir a complexidade.

Mais do que nunca, precisamos nos concentrar no discurso humano e cooperativo da melhor maneira possível.

Nossos esforços compreendem considerações técnicas e não técnicas para garantir a preparação de nossa sociedade da melhor maneira possível. Tópicos, problemas, dilemas, o que quer que surja, são todos examinados através de lentes para medir o impacto sociopsicológico, neural e as implicações éticas.

Dr. Bazzi

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