A retomada da autoestima nas mulheres

A saúde psíquica, física e social da mulher atualmente está muito comprometida. As mulheres estão doentes, mais que os homens. Muito mais, aliás. E isso não é por acaso. Na história recente da humanidade, as mulheres passaram (e ainda passam) por situações terríveis. Confira alguns dados alarmantes:

  • Para cada homem com depressão, há duas mulheres com a mesma doença.
  • 15% das mulheres apresentam algum tipo de transtorno alimentar (de leve a severo).
  • 78% das mulheres brasileiras não chegam ao orgasmo.

As mulheres hoje são cada vez mais vítimas de doenças mentais, transtornos e demais males, chegando quase a ser epidêmico. Segundo ao estudo realizado por Miranda, Tarasconi, Scortegagna (2008), há predominância de transtornos mentais em mulheres. E um dos gatilhos para o desenvolvimento de tais problemas é a baixa autoestima. Entenda um pouco sobre o que está acontecendo com as mulheres do mundo.

 

O que motiva as mulheres a perderem a autoestima?

 

Por que a mulher está doente? Há uma série de fatores que fazem com que as mulheres apresentem todos esses problemas. Desde sintomas psíquicos, orgânicos, sociais e espirituais. Durante muito tempo, a sociedade foi predominantemente patriarcal, ou seja, dominada por homens. E isso fez com que as mulheres fossem submetidas a situações degradantes. Vivemos por um longo período de tempo, não apenas em uma sociedade predominantemente patriarcal, mas também antimulher. A mulher foi submetida a situações de, praticamente, escravidão e violência.

Hoje, graças aos diversos estudos e esforços e conquistas, a mulher tem retomado o controle da sua vida e dos seus direitos. No entanto, o que vemos hoje é uma sobrecarga da mulher, e muito conflito que é posto diante dela. Segundo Miranda, Tarasconi, Scortegagna (2008):

Dentre as causas dos transtornos mentais em mulheres, Gastal e cols. (2006) citam as exigências feitas atualmente à mulher, tendo ela que lidar com as tarefas domésticas, maternagem dos filhos e mercado de trabalho, o que motiva  contradições e conflitos. Tais fatores podem estar envolvidos na psicogênese e no desencadeamento dos transtornos mentais.

Resumidamente, a mulher fica exausta de seu papel social. Ela tem de ser mãe, amante, ótima profissional, sofre dupla e tripla jornada de trabalho (cuidar da casa e dos filhos). Além disso, a mulher recebe menos que o homem e muitas vezes é posta em profissões inferiores. E ainda podemos somar aos abusos e toda violência que a nossa sociedade comente contra a mulher (assédio sexual e moral no trabalho, assédio na rua, violência doméstica etc.). É muita coisa para um indivíduo aguentar, não é mesmo? Mas ainda tem mais coisas.

Além das causas sociais, podemos também trazer as causas psíquicas que tanto homens quanto mulheres são submetidos. Desde pequenos, somos todos expostos a uma cultura repressora. Nós armazenamos muitas mágoas, temos muito recalques que geram um conflito interno imenso. E este conflito pode ser tanto descarregado em nosso corpo, por meio de doenças psicossomáticas (psoríase, alergias, câncer etc.), como por meio de doenças psíquicas (depressão, fobia, ansiedade etc.).

 

Quais as consequências da perda da autoestima?

 

Quando a mulher começa a apresentar problemas, a sua autoestima é perdida. E a perda da libido é o primeiro sintoma disso. A perda da vaidade e a perda da libido é diretamente ligada a perda da autoestima. E isso traz consequências graves para a saúde da mulher.

Entenda que a libido não é apenas só no contexto sexual. A libido está vinculada a própria vida, a energia de viver. A libido é toda energia que te motiva a viver, ela é a própria energia vital do ser.

Além disso, ainda há muitas outras consequências graves, que prejudicam a vida da mulher. Uma pesquisa realizada pela ISMA-BR, apresentada no Congresso Europeu de Terapia Cognitivo-Comportamental 2012, mapeou a cascata de efeitos que a baixa autoestima causa nas mulheres. Confira os dados na íntegra (Revista
Donna
):

  • 89% têm dores musculares ou dor de cabeça;
  • 13% têm taquicardia ou arritmia cardíaca;
  • 26% têm problemas gastrointestinais;
  • 77% sofrem de angústia;
  • 83% sofrem de ansiedade;
  • 46% sofrem de depressão;
  • 59% passam por conflitos interpessoais (como
    problemas em relações amorosas).

 

Como recuperar a autoestima?

 

A retomada da autoestima é fundamental para que a mulher possa ter uma vida melhor. O autoconhecimento é libertador e totalmente necessário para que a mulher possa ter uma vida mais leve. O autoconhecimento é um dos caminhos para recuperar a autoestima.

Para se ter uma noção de como a mulher tem uma ideia errada de si mesma (na grande maioria das vezes depreciativa) confira um excelente vídeo da DOVE sobre o assunto:

 

Como o resultado é surpreendente e emocionante, não é mesmo? Como você agiria na situação do vídeo?

Acompanhe o nosso blog, em breve teremos ótimas novidades. Comente as suas experiências e dúvidas e sugira temas. Faremos posts especiais para vocês.

 Por Camila Veloso Martins.

Referências

Miranda, Christiane Albuquerque de; Tarasconi , Carla Ventura; Scortegagna, Silvana Alba. Estudo epidêmico dos transtornos mentais. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1677-4712008000200015&script=sci_arttext>. Acessado em 24 de dezembro de 2015.

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