A Fascinante História da Medicina Tradicional Chinesa

O que é a Medicina Tradicional Chinesa? Por que ela é respeitada atualmente no Ocidente? Quais são as diferenças entre a Medicina Tradicional Ocidental e a antiga chinesa? Para simplificar estas e outras questões vamos abordar particularmente a origem histórica e filosófica da Medicina Tradicional Chinesa que vem a cada dia encantando pessoas e médicos em todo o mundo.

Como surgiu a Medicina Tradicional Chinesa?

Basicamente a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) deriva da filosofia taoísta e de seus conceitos de harmonia e regularidade no Universo. Encontramos na fonte do taoísmo a origem fundada por Lao-Tze (aprox. viveu nos séculos VII ou VI a.C.) que fundamenta a ligação entre o Ser (Self/Eu) e o eu (Ego/Consciência). A filosofia do Tao se resume a buscar a harmonia em todos os aspectos da vida, seja na natureza ou dentro de nós.

Segundo documentos antigos ela remonta desde tempos imemoriais da história da humanidade. Adaptando-se e evoluindo com o passar do tempo, a MTC tornou-se abrangente e oficialmente reconhecida até chegar aos dias atuais como uma ciência médica. Do início da escrita chinesa (os ideogramas) até a publicação de verdadeiros compêndios sobre tratados clínicos, tratamentos de doenças, catálogos de animais e plantas, diagnósticos holísticos, as elaborações científicas são hoje estudadas e aprendidas por inúmeros estudantes e terapeutas.

Qual é o fundamento da MTC?

Toda a essência da Medicina Tradicional Chinesa está fundamentada sobre o conceito do Qi (chi), ou “energia vital”.

O Qi representa toda a energia que está presente na natureza, nos alimentos, na atmosfera e que resulta de toda a matéria existente no Universo.

Antigos chineses diziam que o Qi pode ser considerado como a energia primordial que dá vida à matéria. Neste sentido, a moderna física quântica remete positivamente à concordar que esta energia se manifesta através dos átomos. Segundo a MTC, nossos corpos possuem medidas em que o Qi circula através de canais chamados de “meridianos“.

Os sábios de outrora que praticavam e ensinavam estes fundamentos, reconheciam que a função do Qi era de regular ou equilibrar os opostos, as forças de ação e reação, mental e fisicamente. Estes opostos eram chamados de Yin (Qi negativo) e Yang (Qi positivo), ou feminino e masculino. Para a MTC, as doenças resultam em diferentes escalas de densidade, variando do aspecto mais sutil para o concreto. Quando o Qi é bloqueado ou desestimulado nos canais de acesso há um desequilíbrio em todos os níveis.

MTC x Medicina Tradicional Ocidental

A filosofia por trás da MTC contém os métodos empíricos de observação que evoluíram para a complexidade de diversos diagnósticos como a tomada do pulso, fitoterapia, acupuntura, terapias holísticas, exercícios físicos, etc. Mas somente a partir do século XX que todo este conhecimento passa a ser compartilhado pela ciência tradicional ocidental que se acreditava ser detentora exclusiva dos procedimentos médicos, tecnológicos e científicos.

Para os chineses, o nível físico está diretamente relacionado com os níveis mais sutis, por isso, dada esta relação de interdependência, a análise do todo é fundamental para diagnosticar casos de desequilíbrio dos elementos que geram enfermidades.

Hoje em dia, a OMS reconhece a o Diagnóstico na Medicina Tradicional Chinesa como importante herança deixada pelos antigos médicos chineses alegando que estes conhecimentos são eficientes tanto na prevenção quanto no tratamento de pacientes. Outras tradições orientais como a medicina indiana ayurvédica, tibetana e japonesa possuem fundamentos semelhantes mas todavia não são devidamente reconhecidas pelo Ocidente.

Apesar de ainda não estar totalmente integrada nos serviços médicos de atendimento e difundidas no imaginário social, o interesse pela MTC vem crescendo e sendo praticada por inúmeras escolas novas.

No Brasil, o SUS, seguindo a cartilha da OMS, o uso da MTC/Medicina Complementar, em seu documento “Estratégia da OMS sobre Medicina Tradicional” de 2002 e 2005, estabelece que o Ministério da Saúde insira em suas políticas públicas um

“… sistema médico complexo, que aborde de modo integral e dinâmico o processo saúde-doença no ser humano, podendo ser usada isolada ou de forma integrada com outros recursos terapêuticos, e que a MTC também dispõe de práticas corporais complementares que se constituem em ações de promoção e recuperação da saúde e prevenção de doenças”

Em vista disto, é importante reexaminar os conceitos de medicina tradicional ocidental e “alternativa” que refletem um modelo de ciência exclusiva e monopolista. Ser validada hoje, não significa estar apta a adentrar nas concepções científicas do Ocidente, mas permite que outras filosofias médicas possam dar início a um movimento de integração entre as perspectivas.

Você já teve alguma experiência com a Medicina Tradicional Chinesa? Comente!

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